sábado, 21 de novembro de 2009

RENAULT 5 TURBO 2 - 1985


RENAULT 5 TURBO 2 - 1985
1:43 ALTAYA

JEAN RAGNOTTI - GILLES THIMONIER
XXIX TOUR DE CORSE 1985

Renault 5 (1972-1984)O SUBSTITUTO DO R4

O Renault 5 era um carro que combinava um conceito muito francês com uma vocação internacional. Em França seguia-se a tradição de que os carros pequenos eram ferramentas utilitárias e não símbolos de estatuto. A gama do R5 começou por uma versão equipada com um motor de apenas 782cc, sendo limitado em termos de potência, o que obrigou a alterar as relações de caixa para lidar com a condução do dia-a-dia.
O resto da gama R5 oferecia mais potência e mais conforto. A gama ia do motor de 845cc com 36 CV até ao 1100cc com 43 CV. E qualquer um dos motores encontrava-se montado longitudinalmente atrás do eixo dianteiro tal como no R16.

Personificava o espirito jovem, o R5 tinha uma carroçaria monobloco resistente, cuja característica principal era o conceito "hatchback" com a quinta porta.

Os trofeus R5 eram de uma competitividade extraordinária.
Para minimizar os custos de manutenção foram pela primeira vez utilizados paneis da carroçaria fabricados em materiais mais leves e fáceis de reparar que a chapa. Por exemplo, os pára-choques eram de fibra de vidro pré-impregnada. O R5 utilizava uma suspensão com barra de torção e a sua grande distância entre eixos (2,43m) era a maior da classe levando as rodas para as extremidades do carro.

À medida que o tempo passava, o R5 foi sofrendo algumas melhorias. O motor cresceu para 1289cc com 58CV enquanto que nos seus últimos anos, 1980 foi introduzida uma versão de 1397cc com 51 cv. No entanto ainda foi criado um 5 mais potente. No salão de Paris de 1978, a Renault apresentou um protótipo todo concebido para ralis. Neste modelo o motor era central. Tinha um motor de 200cv turbo-comprimido de 1397cc - montado na traseira e com tracção às rodas de trás capaz de alcançar uma velocidade máxima de 200km/h. Com a gama 5, a Renault criou um modelo tão versátil nas cidades como nas pistas.

Jean Ragnoti foi um dos grandes pilotos da Renault

O início da saga Renault Turbo deu-se logo no fim dos anos 70, quando é produzido o Renault 5 Turbo. Desde então a passagem do típico automóvel a pequenas bombas de rua capazes de atingir mais de 200 km/h e fazendo 0-100 km/h em menos de 8.5seg demorou pouco tempo. Sempre com grandes critérios de comportamento e travagem, a Renault produziu uma série de grandes automóveis que marcaram a história, história essa que terminou precisamente no Renault 5 GT Turbo, foi o fim da era do motor a carburador e turbocomprimido que tanto furor fez nos anos 80!
Renault 5 Turbo 2 (1983-1984):
Era a 2ª encarnação do mítico Renault 5 Turbo e como tal não deixou de ser o carro raro e bruto. Projectado em 1982, tinha o mesmo motor de 1.4L e 160cv. Alimentado por injecção electrónica Bosch K-Jetronic, era equipado também pelo mesmo turbo Garrett T3. Perdeu apenas alguns elementos em alumínio do seu irmão mais velho, deixando de ser tão exclusivo, no entanto foi produzido também em série limitada de 3183 unidades. A sua presença em ralis continuou e com o sucesso de sempre, o Renault 5 Turbo 2 era agora o "filho prodígio" da Renault, hoje em dia o seu valor é inestimável.



JEAN RAGNOTTI

JEANNOT,O ACROBATA
Nunca um piloto foi tão fiel a uma marca.Para Jean Ragnotti,um carro de ralis só podia ser Renault,pequeno e endiabrado.
O destino decidiu que Jean Ragnotti haveria de passar a vida atrás do volante.Filho de agricultores,venceu aos 13 anos uma gincana de tractores.Mal obteve carta de condução,começou a ajudar no negócio familiar,distribuindo flores com um camião.

O fascínio pelos automóveis levou-o,em 1967,a participar em ralis com um Renault 8 Gordini. Rapidamente tomou gosto pela competição e consegui o apoio da GM para disputar provas em França com um Opel Kadett de Grupo 1.Em 1970,saiu do anonimato ao vencer a sua classe no Rali Monte Carlo e nesse ano foi vice campeão francês,ficando em terceiro no campeonato da Europa.
Decidido a experimentar as vertigens da velocidade,troca em 1973 os ralis pelos circuitos e passa pelas fórmulas 3 e Renault,onde compete com René Arnoux e Didier Pironi.Em meados da década de 70,regressa aos ralis pela mão da Renault,com quem estabelece uma parceria que duraria mais de duas décadas.

Em 1978,Ragnotti consegue um supreendente segundo lugar em Monte Carlo,com um R5 Alpine que chegou a ´pisar os calcanhares´do potente Porsche 911 de Jean Pierre Nicolas.Dois anos mais tarde,estreia o Renault 5 Turbo com motor central e em janeiro de 81,obtém a primeira vitória de um motor turbo no Rali Monte Carlo,beneficiando do despiste de Thérier no Turini,vítima da neve colocada por espectadores inconscientes.No ano seguinte,vence a Córsega e repete o triunfo três anos depois,já com o R5 Maxi Turbo.
Na era dos Grupo A,alinha em algumas provas com o Renault 11 Turbo e já nos anos 90, é com o Clio que delicia os seus fans. Abandonou as competições após 20 anos de ligação à Renault mas continua a ser convidado para algumas exibições promocionais.

É inevitável questionar as razões que levaram este génio do volante a dedicar a sua vida profissional a uma só marca. Afinal,se Ragnotti tivesse mostrado interesse em pilotar para outras equipas,estaríamos provavelmente na presença do primeiro francês a alcançar um título mundial.
A resposta é dada pelo próprio piloto:"Porquê mudar,se são estes carros que me dão gozo? Mais do que ganhar um Mundial,prefiro ser recordado como aquele tipo porreiro que divertia toda a gente em cada curva onde passava!" »

Jean Ragnotti iniciou-se com um terceiro lugar no Rallye d'Istres em França, num Renault R8 Gordini, dois anos depois ganhava a categoria, no Tour de Corse num Opel Kadett, em 1970 é vice campeão francês de ralis, com uma vitória no rali de Monte Carlo, onde vence em 71 e 72, agora com um Opel Ascona Gr.2, em 1972 é campeão francês turismo de ralis e 1º piloto da Opel França. No ano seguinte passa para a F3 e F-Renault, foi vice-campeão da F3, e sendo vice também na F-Renault em 1975.
Em 1976, começa a sua longa ligação com a Renault, em 1977 é campeão francês de rallycross com um Alpine A310. Em 1978, termina em quarto nas 24 horas de Le Mans, com um Alpine A442.

Na década de 1980, com o Renault 5, é campeão de França, e no ano seguinte ganha o Rali de Monte Carlo vencendo os Audi Quattro, e até 1985 em Renault 5 Maxi Turbo tracção traseira, venceu os 4x4 nos ralis de asfalto, ganhando o Tour de Corse em 1982 e em 1985, e sendo novamente campeão francês de ralis. Em 1986 participa no Paris-Dakar, e termina em 19º num Range Rover.

Em 1988, retorna no campeonato francês de Super Turismo, onde é campeão com um Renault 21 Turbo, é vice campeão em 1989, e retorna aos ralis na década de 1990, onde foi campeão francês de ralis no Gr.N com o Renault Clio GT, tendo ganho quatro capenonatos de França da Fórmula 2 litros de 1991 a 1994 com o Clio Williams. Após 20 anos correndo pela Renault (1976-1996), Jean Ragnotti retira-se do automobilismo profissional.
Em sua homenagem, a Renault lançou a série limitada Clio Renault Sport 2.0L Jean Ragnotti.



GILLES THIMONIER
Nasceu em França em 12 Janeiro de 1962
Iniciou-se em 1983 WRC Tour de Corse com C. Dorche num Visa Chrono.
Foi co-piloto de Tchine, M. Chomat, P. Bos, Jean Ragnotti , M. Ercolani, A. Oreille com quem ganhou em 1989 o WRC Bandama Rallye com A. Oreille num R5
E ainda com F. Mariani, M. Duez, J. Maurin.
Participou em 34 corridas do WRC.

Jean Ragnotti Renault 5 Turbo


RENAULT 5 MAXI TURBO ON-BOARD JEAN RAGNOTTI


Jean Ragnotti - Parking a R5 Maxi Turbo

Sem comentários:

Enviar um comentário